"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Dizem que a gente tem o que precisa
Não o que a gente quer. Tudo bem!
Eu não preciso de muito. Eu não quero muito.
Eu quero mais, mais paz, mais saúde,
mais dinheiro, mais poesia, mais verdade,
mais harmonia, mais noites bem dormidas,
mais noites em claro, mais eu, mais você,
mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca.
Eu quero nós, mais nós, Grudados, Enrolados.
Amarrados, Jogados no tapete da sala.
Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais, quero você, Quero eu,
Quero domingos de manhã, Quero cama desarrumada,
lençol, café e travesseiro, Quero seu beijo, Quero seu cheiro.
Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre
pela boca e o minuto no segundo seguinte:
Nada é muito quando é demais.
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