"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Acho que sou bastante forte para sair de todas as
situações em que entrei, embora tenha sido
suficientemente fraco para entrar.
Durante algum tempo fiz coisas antigas como
chorar e sentir saudade da maneira mais humana
possível: fiz coisas antigas e humanas como se
elas me solucionassem. Não solucionaram.
É preciso estar distraído e não esperando
absolutamente nada. Não há nada a ser
esperado. Nem desesperado.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
E, sem dó, deletei seu número de celular. Deletei as mensagens de texto também. E deletei seu nome e as fotos e a música e tudo.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
22 segundos antes do beijo.
Fechei os olhos.
A vontade de hesitar é a mesma que a de fazer. Muita coisa pode acontecer antes dos lábios dele tocarem os meus, vinte e dois segundos que sucedem esse beijo faz o planeta Terra aparecer um feto. No olhar dele eu encontro a eternidade. No olhar dele eu encontro meu chão, meu céu, meu ar. Não importa o que aconteça, eu não consigo tirar meus olhos de você.
17 segundos.
Tem tanta coisa que eu quero te dizer, mas agora eu não preciso. Ele está se aproximando. Eu sinto a respiração que cambaleia entre os centímetros que nos separa. Ele está dando aquele sorriso torto, e eu não consigo pensar em mais nada. Cada pedaço dele está em minha mente. Vejo em câmera lenta todos os meses de espera por esse beijo, escuto todas as músicas que ele cantou para mim, embora eu sempre precisasse adivinhar o que ele sentia.
9 segundos.
Não importa o dia e nem as horas, eu trocaria a eternidade por um beijo seu. Você disse o que eu mais queria ouvir, mas será que foi a tempo? O que vai acontecer depois que seus lábios deitarem sobre os meus? Porque é você e eu, e todas as outras pessoas. Não importa o que escolhemos, não importa o que seremos e não importa o que perdemos. Importa o que sentimos.
2 segundos.
Você não sabe o que foi aquele beijo. Nem eu. Havia em seus olhos uma multidão de milhares de pequenos bons momentos - momentos nossos, noites de pouco sono, pensamentos soltos e o amor sentado escutando tudo, ouvindo a gente -, de repente, parou instantes para olhar. Para me olhar. Empurrei os seus olhos com os meus e ouvi o silêncio dos seus pensamentos, já não sabendo se aquilo que eu pensava era meu ou se era dele porque olhar nos olhos de um estranho freqüentador de meus sonhos é se deixar espiar por estrelas. Como se aquilo que eu pensava também já fosse tarde demais, meus pensamentos sugados pelos olhos do dele. Havia naqueles olhos uma correria inútil de tampar segredos e eu soube de todos eles, não por meio de palavras, mas por meio de silêncios. Eu soube que apesar dele não saber o que queria, sabia que o lugar dele era aqui. Eu nunca soube decifrar silêncios, mas posso tocá-lo com a ponta dos dedos. Assim eles ficaram, os segredos daquele olhar, no canto das coisas que eu pensava e pensava, antes de aproximar os meus lábios. Você não sabe o que foi aquele olhar. Os olhos dele eu nunca mais vi, não eram os olhos que me fitaram, de maneira fugidia, como na primeira vez. Eram olhos que guardavam perguntas inocentes, que guardavam palavras não ditas, que guardavam uma proteção e uma paixão, e eu quase arrumei de volta os seus cabelos, abotoei a sua camisa e perguntei se ele me olharia assim de novo se eu ficasse cega. Ele me ama.
Sorrisos são pontes que se abrem no rosto para o outro poder passar. E só por conta daquele sorriso eu atravessei a distância entre o meu rosto e o dele para encostar os meus lábios aos seus novamente. Meus lábios tinham gosto de sorvete. E os dele tinham meu gosto.
6 horas da manhã.
Abri os olhos. Ele nunca esteve aqui, mas meus lábios ainda sentiam os dele.
A vontade de hesitar é a mesma que a de fazer. Muita coisa pode acontecer antes dos lábios dele tocarem os meus, vinte e dois segundos que sucedem esse beijo faz o planeta Terra aparecer um feto. No olhar dele eu encontro a eternidade. No olhar dele eu encontro meu chão, meu céu, meu ar. Não importa o que aconteça, eu não consigo tirar meus olhos de você.
17 segundos.
Tem tanta coisa que eu quero te dizer, mas agora eu não preciso. Ele está se aproximando. Eu sinto a respiração que cambaleia entre os centímetros que nos separa. Ele está dando aquele sorriso torto, e eu não consigo pensar em mais nada. Cada pedaço dele está em minha mente. Vejo em câmera lenta todos os meses de espera por esse beijo, escuto todas as músicas que ele cantou para mim, embora eu sempre precisasse adivinhar o que ele sentia.
9 segundos.
Não importa o dia e nem as horas, eu trocaria a eternidade por um beijo seu. Você disse o que eu mais queria ouvir, mas será que foi a tempo? O que vai acontecer depois que seus lábios deitarem sobre os meus? Porque é você e eu, e todas as outras pessoas. Não importa o que escolhemos, não importa o que seremos e não importa o que perdemos. Importa o que sentimos.
2 segundos.
Você não sabe o que foi aquele beijo. Nem eu. Havia em seus olhos uma multidão de milhares de pequenos bons momentos - momentos nossos, noites de pouco sono, pensamentos soltos e o amor sentado escutando tudo, ouvindo a gente -, de repente, parou instantes para olhar. Para me olhar. Empurrei os seus olhos com os meus e ouvi o silêncio dos seus pensamentos, já não sabendo se aquilo que eu pensava era meu ou se era dele porque olhar nos olhos de um estranho freqüentador de meus sonhos é se deixar espiar por estrelas. Como se aquilo que eu pensava também já fosse tarde demais, meus pensamentos sugados pelos olhos do dele. Havia naqueles olhos uma correria inútil de tampar segredos e eu soube de todos eles, não por meio de palavras, mas por meio de silêncios. Eu soube que apesar dele não saber o que queria, sabia que o lugar dele era aqui. Eu nunca soube decifrar silêncios, mas posso tocá-lo com a ponta dos dedos. Assim eles ficaram, os segredos daquele olhar, no canto das coisas que eu pensava e pensava, antes de aproximar os meus lábios. Você não sabe o que foi aquele olhar. Os olhos dele eu nunca mais vi, não eram os olhos que me fitaram, de maneira fugidia, como na primeira vez. Eram olhos que guardavam perguntas inocentes, que guardavam palavras não ditas, que guardavam uma proteção e uma paixão, e eu quase arrumei de volta os seus cabelos, abotoei a sua camisa e perguntei se ele me olharia assim de novo se eu ficasse cega. Ele me ama.
Sorrisos são pontes que se abrem no rosto para o outro poder passar. E só por conta daquele sorriso eu atravessei a distância entre o meu rosto e o dele para encostar os meus lábios aos seus novamente. Meus lábios tinham gosto de sorvete. E os dele tinham meu gosto.
6 horas da manhã.
Abri os olhos. Ele nunca esteve aqui, mas meus lábios ainda sentiam os dele.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Bom Dia, Todas as Cores!
Meu amigo Camaleão acordou de bom humor.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho, mudou sua cor
Para a cor-de-rosa, que ele achava
A mais bonita de todas, e saiu para
O sol, contente da vida.
Meu amigo Camaleão estava feliz
Porque tinha chegado a primavera.
E o sol, finalmente, depois de
Um inverno longo e frio, brilhava,
Alegre, no céu.
- Eu hoje estou de bem com a vida
- Ele disse. - quero ser bonzinho
Pra todo mundo...
Logo que saiu de casa,
O Camaleão encontrou
O professor pernilongo.
O professor pernilongo toca
Violino na orquestra
Do Teatro Florestal.
- Bom dia, professor!
Como vai o senhor?
- Bom dia, Camaleão!
Mas o que é isso, meu irmão?
Por que é que mudou de cor?
Essa cor não lhe cai bem...
Olhe para o azul do céu.
Por que não fica azul também?
O Camaleão,
Amável como ele era,
Resolveu ficar azul
Como o céu da primavera...
Até que numa clareira
O Camaleão encontrou
O sabiá-laranjeira:
- Meu amigo Camaleão,
Muito bom dia e você!
Mas que cor é essa agora?
O amigo está azul por quê?
E o sabiá explicou
Que a cor mais linda do mundo
Era a cor alaranjada,
Cor de laranja, dourada.
Nosso amigo, bem depressa,
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo alaranjado,
Louro, laranja, dourado.
E cantando, alegremente,
Lá se foi, ainda contente...
Na pracinha da floresta,
Saindo da capelinha,
Vinha o senhor louva-a-deus,
Mais a família inteirinha.
Ele é um senhor muito sério,
Que não gosta de gracinha.
- bom dia, Camaleão!
Que cor mais escandalosa!
Parece até fantasia
Pra baile de carnaval...
Você devia arranjar
Uma cor mais natural...
Veja o verde da folhagem...
Veja o verde da campina...
Você devia fazer
O que a natureza ensina.
É claro que o nosso amigo
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo bem verdinho.
E foi pelo seu caminho...
Vocês agora já sabem como era o Camaleão.
Bastava que alguém falasse, mudava de opinião.
Ficava roxo, amarelo, ficava cor-de-pavão.
Ficava de toda cor. Não sabia dizer NÃO.
Por isso, naquele dia, cada vez que
Se encontrava com algum de seus amigos,
E que o amigo estranhava a cor com que ele estava...
Adivinha o que fazia o nosso Camaleão.
Pois ele logo mudava, mudava para outro tom...
Mudou de rosa para azul.
De azul para alaranjado.
De laranja para verde.
De verde para encarnado.
Mudou de preto para branco.
De branco virou roxinho.
De roxo para amarelo.
E até para cor de vinho...
Quando o sol começou a se pôr no horizonte,
Camaleão resolveu voltar para casa.
Estava cansado do longo passeio
E mais cansado ainda de tanto
mudar de cor.
Entrou na sua casinha.
Deitou para descansar.
E lá ficou a pensar:
- Por mais que a gente se esforce,
Não pode agradar a todos.
Alguns gostam de farofa.
Outros preferem farelo...
Uns querem comer maçã.
Outros preferem marmelo...
Tem quem goste de sapato.
Tem quem goste de chinelo...
E se não fossem os gostos,
Que seria do amarelo?
Por isso, no outro dia, Camaleão levantou-se
Bem cedinho.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
Bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho,
Mudou sua cor para
A cor-de-rosa, que ele
Achava a mais bonita
De todas, e saiu para
O sol, contente
Da vida.
Logo que saiu, Camaleão encontrou o sapo cururu,
Que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
- Bom dia, meu caro sapo! Que dia mais lindo, não?
- Muito bom dia, amigo Camaleão!
Mais que cor mais engraçada,
Antiga, tão desbotada...
Por que é que você não usa
Uma cor mais avançada?
O Camaleão sorriu e disse para o seu amigo:
- Eu uso as cores que eu gosto,
E com isso faço bem.
Eu gosto dos bons conselhos,
Mas faço o que me convém.
Quem não agrada a si mesmo,
Não pode agradar ninguém...
E assim aconteceu
O que acabei de contar.
Se gostaram, muito bem!
Se não gostaram, AZAR!
Meu amigo Camaleão acordou de bom humor.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho, mudou sua cor
Para a cor-de-rosa, que ele achava
A mais bonita de todas, e saiu para
O sol, contente da vida.
Meu amigo Camaleão estava feliz
Porque tinha chegado a primavera.
E o sol, finalmente, depois de
Um inverno longo e frio, brilhava,
Alegre, no céu.
- Eu hoje estou de bem com a vida
- Ele disse. - quero ser bonzinho
Pra todo mundo...
Logo que saiu de casa,
O Camaleão encontrou
O professor pernilongo.
O professor pernilongo toca
Violino na orquestra
Do Teatro Florestal.
- Bom dia, professor!
Como vai o senhor?
- Bom dia, Camaleão!
Mas o que é isso, meu irmão?
Por que é que mudou de cor?
Essa cor não lhe cai bem...
Olhe para o azul do céu.
Por que não fica azul também?
O Camaleão,
Amável como ele era,
Resolveu ficar azul
Como o céu da primavera...
Até que numa clareira
O Camaleão encontrou
O sabiá-laranjeira:
- Meu amigo Camaleão,
Muito bom dia e você!
Mas que cor é essa agora?
O amigo está azul por quê?
E o sabiá explicou
Que a cor mais linda do mundo
Era a cor alaranjada,
Cor de laranja, dourada.
Nosso amigo, bem depressa,
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo alaranjado,
Louro, laranja, dourado.
E cantando, alegremente,
Lá se foi, ainda contente...
Na pracinha da floresta,
Saindo da capelinha,
Vinha o senhor louva-a-deus,
Mais a família inteirinha.
Ele é um senhor muito sério,
Que não gosta de gracinha.
- bom dia, Camaleão!
Que cor mais escandalosa!
Parece até fantasia
Pra baile de carnaval...
Você devia arranjar
Uma cor mais natural...
Veja o verde da folhagem...
Veja o verde da campina...
Você devia fazer
O que a natureza ensina.
É claro que o nosso amigo
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo bem verdinho.
E foi pelo seu caminho...
Vocês agora já sabem como era o Camaleão.
Bastava que alguém falasse, mudava de opinião.
Ficava roxo, amarelo, ficava cor-de-pavão.
Ficava de toda cor. Não sabia dizer NÃO.
Por isso, naquele dia, cada vez que
Se encontrava com algum de seus amigos,
E que o amigo estranhava a cor com que ele estava...
Adivinha o que fazia o nosso Camaleão.
Pois ele logo mudava, mudava para outro tom...
Mudou de rosa para azul.
De azul para alaranjado.
De laranja para verde.
De verde para encarnado.
Mudou de preto para branco.
De branco virou roxinho.
De roxo para amarelo.
E até para cor de vinho...
Quando o sol começou a se pôr no horizonte,
Camaleão resolveu voltar para casa.
Estava cansado do longo passeio
E mais cansado ainda de tanto
mudar de cor.
Entrou na sua casinha.
Deitou para descansar.
E lá ficou a pensar:
- Por mais que a gente se esforce,
Não pode agradar a todos.
Alguns gostam de farofa.
Outros preferem farelo...
Uns querem comer maçã.
Outros preferem marmelo...
Tem quem goste de sapato.
Tem quem goste de chinelo...
E se não fossem os gostos,
Que seria do amarelo?
Por isso, no outro dia, Camaleão levantou-se
Bem cedinho.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
Bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho,
Mudou sua cor para
A cor-de-rosa, que ele
Achava a mais bonita
De todas, e saiu para
O sol, contente
Da vida.
Logo que saiu, Camaleão encontrou o sapo cururu,
Que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
- Bom dia, meu caro sapo! Que dia mais lindo, não?
- Muito bom dia, amigo Camaleão!
Mais que cor mais engraçada,
Antiga, tão desbotada...
Por que é que você não usa
Uma cor mais avançada?
O Camaleão sorriu e disse para o seu amigo:
- Eu uso as cores que eu gosto,
E com isso faço bem.
Eu gosto dos bons conselhos,
Mas faço o que me convém.
Quem não agrada a si mesmo,
Não pode agradar ninguém...
E assim aconteceu
O que acabei de contar.
Se gostaram, muito bem!
Se não gostaram, AZAR!
segunda-feira, 27 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Dorme, menina.
Sem pensar em mais nada, fecho os olhos para esquecer.
Dorme, menina, repito no escuro, o sono também salva. Ou adia.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sentimentos...
GOSTAR: É quando você se apega à uma pessoa e começa a apreciá-la até demais.
PAIXÃO: É quando você acha que a pessoa é perfeita.
AMOR: É quando você sabe que a pessoa não é perfeita, mas não tá nem aí.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Eu vou deixar pra lá, fingir que esqueci, agir como se não
importasse. O que é verdadeiro, volta e quem tem que
ficar, fica.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
NAMORADO: ter ou não ter, é uma questão
"QUEM não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão da duas, medo do pai, sanduiche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show de Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de o seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.Se você não tem um namorado é porque não descobriu que o amor é alegre, e vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e o coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passa debaixo de sua janela.
Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de conto de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido".
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Fernanda Young
Uma pessoa olhando para um celular que não toca - não há cena mais idiota.
Os celulares foram justamente inventados para que ninguém precise mais ficar aguardando uma ligação ao lado do telefone....
Os celulares foram justamente inventados para que ninguém precise mais ficar aguardando uma ligação ao lado do telefone....
Fernanda Young
E, mesmo assim, estarei sempre pronta para esquecer aqueles que me levaram a um abismo.
E mais uma vez amarei.
E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida!
Fernanda Young
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Clarice Lispector
Não me provoque, tenho armas escondidas.
Não me manipule, nasci para ser livre.
Não me engane, posso não resistir.
Não grite, tenho o péssimo hábito de revidar.
Não me magoe, meu coração já tem muitas mágoas.
Não me deixe ir, posso não mais voltar.
Não me deixe só, tenho medo da escuridão.
Não tente me contrariar, tenho palavras que machucam.
Não me decepcione, nem sempre consigo perdoar.
Não espere me perder para sentir a minha falta.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Delete tudo.
Então delete tudo aquilo que não vale a pena.
Quem mentiu, quem enganou seu coração,
Quem teve inveja, quem tentou destruir você,
Quem usou máscaras, quem te magoou,
Quem te usou e nunca chegou a saber quem realmente você é.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Caio Fernando Abreu
Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão.
terça-feira, 26 de abril de 2011
"Mantenha distância de quem tenta diminuir suas ambições. Pessoas verdadeiramente grandes fazem você sentir que também pode se tornar grande".
(Mark Twain)em Primeiro Programa
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Basta!
Não se importe, não se apegue, não ligue, não procure, não fique em cima, não seja disponível.
E verá como tudo se torna mais fácil.
E verá como tudo se torna mais fácil.
Você é o problema.
Pensando bem, acho que o problema está em você que vê todo o meu sacrifício pra estar contigo e mesmo assim vive fugindo de mim.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Empatia.
Empatia é pré-requisito para melhorar os relacionamentos. É a habilidade que você usa para conhecer os sentimentos alheios e responder de acordo. Isso é possível quando você consegue ler pensamentos, interpretar linguagem corporal ou ouvir atentamente. Você só consegue agir com empatia quando é capaz de entender seus próprios sentimentos e emoções e apreciar tais sentimentos e emoções nas outras pessoas.
(por Brahma Kumaris)
Lido aqui
(por Brahma Kumaris)
Lido aqui
Dúvidas...
“Explicando todo dia para si mesma as centenas de defeitos, os milhares de inconveniências daquele relacionamento”
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Dor de cotovelo é pior que arrancar um siso, pior que fratura exposta. Aliás, é uma fratura exposta.
domingo, 17 de abril de 2011
Traição e infidelidade.
Toda traição pega você desprevenido. A infidelidade, ao contrário, é sempre uma possibilidade, mesmo quando parece improvável.
Alguém.
Sou talvez a visão que
Alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
sábado, 16 de abril de 2011
Pra mim.
Que bom que sou capaz, que bom que sou forte, que bom que suporto. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesma
Eu quis...
Eu quis que ele não soubesse meu nome, depois quis ter o dele logo depois do meu. Eu quis que ninguém soubesse de tamanha traição. Depois quis gritar na janela como o proibido era sopro no meu coração.
Eu quis sentir o poder de abalar com a vida dele. Depois quis que ele voltasse direitinho pra casa e esquecesse que existe a fraqueza.
Eu quis ele por uma aventura, uma risada, uma distração. Depois quis o colo dele para sempre, mas fiquei com o meu pouco puta estampado na cara.
Como eu preciso ser amada meu Deus, pra parar de dar de bandeja o meu sorriso por aí. Eu tenho meu pouco criança estampado em cada linha que escrevo e em cada bobeira que falo na espera de atenção.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Beijo.
Existe beijo ruim?
Existe.
Beijo sem alma, beijo educado demais,
Beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco.
Mas uma coisa é certa: precisa dois para torná-lo frio ou torná-lo quente.
Todo mundo pode beijar bem, basta nossa boca encontrar com quem.
Existe.
Beijo sem alma, beijo educado demais,
Beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco.
Mas uma coisa é certa: precisa dois para torná-lo frio ou torná-lo quente.
Todo mundo pode beijar bem, basta nossa boca encontrar com quem.
Fé.
Não é raro, tropeço e caio.
Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho.
Claro que dói, mas tem uma coisa:
A minha fé continua em pé.
Serenidade.
O vento é sempre o mesmo,
Mas sua resposta é diferente em cada folha.
Somente a árvore seca fica imóvel
Entre borboletas e pássaros.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Sonho.
Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: "Ta certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?"
terça-feira, 29 de março de 2011
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